segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Pequena reflexão ao encerrar nossa participação no Programa Jovens Urbanos que, a partir da próxima edição, acontecerá em outros territórios.



Costumo dizer em conversas informais com amigos e amigas que só conseguimos confirmar se demos boa educação aos filhos quando estes se tornam adultos. A escolha sobre como conduzi-los por um longo período é feita logo nos primeiros meses de vida e é um caminho sem volta, não tem como dizer “apaguem tudo o que foi dito e feito e vamos recomeçar”.


No caso dos meus filhos, me sinto recompensada com as respostas que obtive durante o percurso e tenho muito orgulho dos adultos em que se tornaram, cada um à sua maneira com seus defeitos e qualidades.


Traçando um paralelo com os jovens urbanos/IPEDESH que em cada edição permanecem conosco por aproximadamente um ano (período curto se comparado com nossos filhos) também temos a consciência de que as respostas só virão no futuro. Quando debatemos conceitos como ética, cidadania, coletividade, diversidade, arte, cultura, entre outros, nos perguntamos se houve entendimento, mas se ampliamos nossa percepção através dos sentidos, observando, tateando, intuindo, auscultando (palavra muito usada pelo meu amigo Tião Soares e que agora faz parte do meu vocabulário), captamos os sinais, as pistas que os jovens vão deixando ao longo de sua trajetória no Programa com atitudes espontâneas, sem grandes delongas ou elucubrações.


Não existe ferramenta que meça as conquistas imateriais, estas são invisíveis a olhos de leigos e não há como explicar o óbvio que invariavelmente é ofuscado por teses e antíteses do academicismo, mas tento sempre jogar um pouco de luz para clarear o caminho para a simplicidade (não o atalho da simplificação) e embora possa parecer  pretensioso da minha parte, os resultados valem a pena.


Os resultados aparecem em várias situações cotidianas como, por exemplo, quando se organiza uma festa em que todos participam e se divertem independente da sua preferência por este ou aquele formato ou quando se aceitam e convivem pacificamente apesar de serem de “tribos” diferentes, construindo pontes de convergência ou ainda, quando executam tarefas coletivamente, quando resolvem conflitos com diálogo.


Não sei se o caminho escolhido pela equipe/IPEDESH satisfaz aos indicadores que costumam medir os resultados por meio desta ou daquela metodologia, mas satisfaz a mim como educadora que tem como objetivo contribuir na formação de jovens para que se expressem e se manifestem em toda a sua plenitude.


Um pouco da nossa trajetória em duas edições do PJU foi registrada em fotos: 

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